"Em um cantinho da calçada um pingo de água ficou esquecido depois que a chuva foi embora. Um pequeno raio de sol desceu do céu e tocou no pingo, que, gelado, agradeceu sorrindo pelo calor recebido. O sol emocionou-se em ver o pingo todo molhado e encolhido. Aumentou então o calor de seu raio para aquecer o pingo que feliz da vida brilhou agradecido.
Quanto mais o raio de sol batia no pingo, mais o pingo brilhava e o sol, envaidecido, mais forte ficava para ver seu brilho no pingo. E assim, cada vez mais aquecido, menor o pingo ficava. "Que perigo - pôs-se o sol a pensar - não é bom ver um pingo aquecido. Antes um pingo gelado que um pingo sumido".
Você já se deparou na sua história com um 'pingo de gente' rebelde, inquieto e desobediente ? Um pingo de gente tão pequenino, mas tão exigente, que você teimou em aquecer a qualquer custo e que acabou não tendo jeito? Um pingo quando muito quente e protegido perde a identidade, desaparece, evapora e não vira gente. O tempo certo, o amor certo, na medida certa, aquecem o pingo sem o perigo do seu sumiço.
by Crisbalbueno
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