segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

"Dezembro, Tempo de Sorrir ou de Chorar?"

"Dezembro, Tempo de Sorrir ou de Chorar?"

"Muitos sentem o coração apertado quando Dezembro chega e perdem a beleza das comemorações festivas. São lembranças dos que se foram, são dias passados querendo esquecer porque não foram bons, ou porque não têm com o quê comemorarem, quando o Natal acontece.

Não somente o Natal pode trazer esses sentimentos, mas também outras datas festivas costumam fazer esse mesmo estrago. O que fazer com esses sentimentos que maltratam algumas pessoas, enquanto outras se alegram e vibram nessas datas?

Natal só pode ser entendido e sentido como tempo de esperança, tempo de salvação, de nova chance de encontro pessoal e espiritual. Não é essencial ter a casa em ordem, presentes debaixo da árvore, e muita comida na mesa, para receber o Natal.

Podemos esperá-lo na pobreza da nossa própria pessoa, porque o Natal vem para enriquecer o espírito, fazer nascer uma luz que ilumine novos passos, traçando um novo caminho. Não se espera o Natal com riquezas, mas se espera enriquecer com Aquele que é o dono de tudo, o Senhor dos Exércitos, o Rei dos Reis. Natal é a esperança consagrada, o prêmio ganho, a vida resgatada."

Um Feliz Natal com Cristo, a Luz que brilha, dentro do seu coração.


Cristina Maule Balbueno

domingo, 5 de agosto de 2012

"Comida, essa Maravilhosa Tentação." - Texto 82

"O homem já nasce fazendo uma relação entre comida e prazer. O bebê espera ansioso pela amamentação que vai lhe dar aconchego físico e aplacar a sua fome. A mãe também costuma dar o peito para acalmar seu bebê.

É uma relação antiga, não só ao homem, mas estendida a todos os mamíferos: comida=prazer. Essa relação faz por estabelecer um vínculo com a comida de afeto e prazer, onde muitos acabam levando para o resto da sua vida, como um jeito gostoso de resolver um problema. É aí que mora o perigo!

Todos nós sabemos que não se recorre à comida somente para satisfazer a fome. Buscar no alimento uma forma de aplacar a angústia e cessar a ansiedade, é um fenômeno que ocorre em todo o mundo. Estresse, mau-humor e ansiedade são os líderes em levar as pessoas ao excesso alimentar.

São nossos sentimentos os responsáveis por interferirem na forma como nos alimentamos. Uns comem demais se estão felizes, outros se estão tristes. Uns porque fecharam um negócio, outros porque o perderam. Somos 'a face e o verso' em questão de alimentação. Cada qual com reações diferenciadas em relação à comida.

É claro que também temos outras explicações, principalmente em se falando dos doces, esses "doces" inimigos da saúde. Os doces têm a propriedade de elevarem os níveis de serotonina no cérebro quando esses se encontram num total desequilíbrio, ao estarmos deprimidos ou ansiosos. A serotonina é aquele neurotransmissor responsável pelo grau do nosso humor. É o 'hormônio da felicidade'.

Vamos dizer que seja algo parecido com "o cérebro interpretando que diante de um conflito, problema ou um aborrecimento qualquer, deva ser alimentado para diminuir esse estado desagradável". É o mecanismo de defesa chamado de "Compensação".

Temos visto em um programa de televisão, um trabalho que vinha sendo feito com adultos com sobrepeso e depois com crianças e que há pouco foi encerrado. No programa ficou bem esclarecida a necessidade de atividade física e uma alimentação equilibrada na vida dessas pessoas, mas, SALVO se perdi alguma coisa, não se falou sobre o emocional na participação do sobrepeso.

Exercícios diários, esportes e alimentação equilibrada, são necessários para se ter um vida saudável e um peso compatível com a altura e idade das pessoas, mas sem cuidar do emocional, não temos um resultado duradouro. Haja vista que os dois participantes adultos do desafio da perda de peso, já adquiriram, senão todos, mas uma grande parte do peso eliminado, o que podemos conferir na telinha da televisão.

Não adianta minha gente! A cabeça sempre mandou no corpo. Mente sã, corpo são. Diante dessa situação complicada em que foi formada uma relação entre comida, estresse, ansiedade e afeto, o tratamento para a eliminação do sobrepeso tomou rumos diferentes, onde o profissional psicólogo tem um importante papel.

**Quero dizer aqui que não estou fazendo apologia para o corpo perfeito, porque esse conceito NÃO EXISTE!!! Existe o corpo saudável, onde a SAÚDE está em primeiro lugar para uma melhor qualidade de vida. Estou falando em se trabalhar com as carências afetivas e profissionais que podem levar o homem a buscar a comida como uma 'muleta' para suas dificuldades emocionais, prejudicando assim a sua saúde. Termino perguntando: Você tem fome de quê?

 Beijo grande."

by Crisbalbueno (TinaMaule)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

"Quando a Crise alcança o Casamento" 

"Em um mundo sempre passando por crises, no casamento não poderia ser diferente. Infelizmente é difícil de serem evitadas, mas tem algo positivo aí : quando o casal entra em crise, há uma mobilização de ambos os lados para resolver os conflitos que a geraram, e que estavam sendo ignorados ou protelados.

A crise é uma oportunidade para que se trabalhe as questões da relação que estavam sendo negligenciadas. Não é motivo para separações temporárias, como sair da sua casa e voltar para a casa da mamãe. Além de alarmarem os pais, nunca vi esse movimento de 'fuga' trazer bons resultados, ao contrário, porque se volta à estaca zero da relação.

O amor - presumo que seja ele - é o que faz duas pessoas escolherem dividir a mesma cama, o mesmo canto, os mesmos desejos. É em nome do amor que acontecem as mais lindas histórias, mas também as maiores tragédias. Quando o casal entra em crise, logo pensam que o amor acabou, ou que não se amavam realmente.

Nem sempre isso é real. Normalmente são as primeiras dificuldades que estão surgindo depois daquela linda festa, com convidados brindando a união, depois da viagem dos sonhos, depois da volta ao trabalho, das contas a pagar, da primeira gravidez e depois de cair na realidade do compromisso agora assumido de fazer o outro feliz. Isso mesmo que você leu: fazer o outro feliz, porque agora você entrou na vida dele (a) para sempre (?).

Mas as crises acontecem ao longo do casamento (ou do namorido, que acaba sendo a mesma coisa). Tem a crise dos 3 ou 4 anos, a dos 7 anos, dos 12 e assim por diante. É o tempo que o casal leva para superar a primeira e aparecerem as outras, cada uma em uma fase diferente da união. Mas isso é o de menos. O que quero abordar aqui é como superá-las.

Ah! Esqueci de reforçar que O AMOR NÃO ACABOU NÃO, VOCÊ NÃO SE ENGANOU!!!!! É somente UMA CRISE!!! Afinal, tudo muda depois que saimos da casa dos pais ou mesmo da nossa própria, para colocarmos alguém definitivamente na nossa cama, mesmo que esse personagem seja o "nosso príncipe (a) encantado (a)!!!!

O grande segredo no casamento - que não é segredo nenhum - é não deixar os elogios, carinhos e aquelas supresas deliciosas que existiam antes de fazerem a bagagem e irem para a grande aventura a dois, esquecidos na mala!!!

Vocês continuam os mesmos (se foram autênticos, verdadeiros), somente mudou as adequações dos horários, a rotina, o bairro, às vezes a cidade ou o País, mas são os mesmos. Mudanças devem ser tratadas com carinho e paciência. É preciso que haja cumplicidade entre o casal, companheirismo, lealdade. O que ambos precisam realmente, é conhecer o 'amigo' no parceiro (a).

Cultivar a amizade na relação é o que mais tenho visto dar certo no casamento, nesses meus anos de casada - 41- e nas experiências dos meus pacientes no consultório. A amizade fecunda o amor do casal, traz harmonia e tranquilidade à relação. Uma coisa que muitos esquecem somente porque já estão juntos, porque o objetivo era conquistar e ser conquistado e agora que aconteceu ...ufa...missão cumprida!!!

Ledo engano! Agora é que começa a odisséia do casal: aprender a viver a dois, com costumes, cultura e famílias diferentes! Mas não desanime. O amor existe, está aí, só é o tempo de botarem a mão na massa, pois o que falta é o fermento da comunicação. "

*Meus queridos leitores. Procuro não escrever demais em cada abordagem porque sei que muitos não chegam até o fim, então deixo a continuação desse tema - que vai ser dividido em vários textos - para a próxima postagem. Não deixem de acessar a página para que esse texto não se perca por aí sem cumprir com seu objetivo. Hoje foi uma simples pincelada.



by Crisbalbueno (TinaMaule)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Comunicação"

"Vivemos rodeados das palavras, mas às vezes elas não nos ajudam na comunicação. Ouvimos ou lemos com interpretação própria, conforme estamos no momento, conforme nossas emoções, conforme até nossas experiências passadas. Palavras são armas engatilhadas que disparam para todos os lados. Não que de onde elas saíram tenham sido programadas para nos atingir. Não necessariamente. Na grande maioria das vezes são as nossas interpretações que acionam o gatilho das palavras e nos deixamos sucumbir por elas.

 Já li em algum lugar,  que 'somos responsáveis somente pelo que dizemos e não pela interpretação que o outro deu às nossas palavras'. Será mesmo? Tenho minhas dúvidas. Penso que devemos ser claros em nosso discurso, não deixar margem à ambiguidade, nem na escrita e muito menos na fala, porque nesta podemos nos expressar  com uma gama de outras palavras, repetindo a mesma ideia até que possamos passar com fidelidade o que desejamos dizer. Deixar uma interpretação livre não é honesto para nossos ouvintes ou leitores. E muito mal faz a qualquer relação. Deixar que o outro interprete como quiser é como ficar 'em cima do muro'. Gosto do preto no branco. Às vezes me ralo por isso, mas sempre acabo descobrindo que vale a pena. É claro que sempre corre-se o risco do outro interpretar conforme seu desejo, suas crenças, seus medos, seu emocional.

Comunicação é coisa séria. Cada palavra dita tem seu peso na sequência da nossa vida. Cada palavra dita deve vir com a precisão e a exatidão que seu valor merece. Palavras jogadas ao vento, na compulsão, na raiva, na emoção, fazem um mal danado. Prefiro sempre palavras faladas, olho no olho. Palavras que só recebemos pelos ouvidos, sem a presença do outro, podem gerar grandes enganos, criar conflitos, marcar uma vida. É claro que quando o outro NÃO nos escuta, recorremos à força da escrita, mas esta deve ser, então, muito precisa.

Quer entender bem o que o outro tem a lhe dizer? Escuta com todos os sentidos. Observa seu comportamento corporal e a entonação da sua vóz. Sinta sua naturalidade ao falar, os movimentos de seus olhos e questiona o que ficou encoberto, obscuro. Não se contenta com frases curtas, palavras fechadas, nem termos genéricos, como 'nunca', 'sempre' 'jamais'. Desmembra essas palavras ou condensa as prolíxas para que a comunicação fique limpa, clara, objetiva. Escuta MESMO, sem ficar pensando no que vai responder enquanto o outro está se comunicando, porque atenta ao que se vai dizer, se acaba por não ESCUTAR.

Aí caímos naquilo que os homens detestam: Discutir a relação! Mas não ligue. Os consultórios de terapia estariam menos cheios se todos nós  aprendêssemos a nos comunicar. É claro que não é fácil. Eu mesma sei disso. A tendência é fugir do confronto, deixar prá lá, não se estressar. Mas, ledo engano! Tudo que não for digerido na comunicação tende a crescer e deixar um gosto amargo na relação. Seríamos mais felizes e com menos estresses se nossas falas fossem ditas e interpretadas com a precisão que elas merecem. Também se interpretássemos com discernimento  a fala do outro. Um brinde então à comunicação perfeita!"

by Crisbalbueno

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"Estar Só"

"É bom estar só. É um tempo que precisamos para organizar pensamentos e sentimentos. Tempo de colocar as ideias para funcionar e traçar metas e estratégias para levar a vida para frente. Estar só é bom mas não é coisa fácil. Muitas  vezes adiamos aquela sessão com a gente mesma porque a conversa vai ser muito longa.  A verdade é que, estando só, ficamos frente a frente com nossos defeitos, desejos e pendências. E tudo isso dói, cobra da gente, nos tira das fantasias e nos joga na real.  É que o  medo é maior que o tempo que podemos dar para estar só.

Mas não vamos confundir estar só com sentir-se só. Estar só é diferente de sentir-se só. Sentir-se só e muito triste. É estar no meio de uma multidão e ser invisível. É ver as pessoas passando vivendo a vida e você parada nela. É ver a chuva molhando a terra e não perceber que é primavera. É caminhar descalça tendo um par de sapatos. Sentir-se só é muito triste. Triste de dar dó.

Mas estar só, de vez em quando, é bom. É necessário. Importante para abafar todas as vozes que enfeitiçam, paralisam e nos escondem de nós mesmas. É preciso se olhar no espelho secreto e reconhecer quem somos e o que queremos. Sem enganos, sem trapaças, sem medos. Por isso dói. Dói porque nos obriga a deixar tudo em ordem, definido, sem máscaras.

E arrancar máscaras não é para qualquer um. É preciso coragem para a gente se despir sem a arte do photoshop. Mostrar a face sem a maquiagem do disfarce é um ato de bravura. Com tanto tempo de uso a máscara já se acha dona da face. Aderiu tão fortemente que só a vontade não basta para desmascará-la. É preciso persistência, força e paciência.

E depois de arrancá-la o que eu coloco no lugar? Qual é meu rosto? Como são meus traços? Nem a gente se reconhece. Nem a gente consegue digitalizar a nossa face. É uma gestação delicada, demorada, dolorida. Mas no final a criatura nasce. Perfeita com suas imperfeições. Linda sem nenhuma maquiagem. Aprimorada arte final. Agora me reconheço. Essa aqui sou eu!"

by Crisbalbueno


terça-feira, 26 de julho de 2011

"Ser quem Somos"

"Cada momento que deixamos passar sem expressar o nosso desejo para com ele, não volta jamais. Perdemos o sabor daquela vitória caso tivéssemos sido sinceras  e corajosas para ser quem somos e não ficarmos acuadas diante da palavra do outro. Nunca iremos saber como seria se tivéssemos ficado quietas, concordando ou não, com o que estava sendo dito.

Por que escutar sem participar ou participar sem acrescentar? Qual o receio em sermos quem somos? Que poder tem o outro para que não sejamos genuinamente quem somos? "Ah, você pode dizer,  se eu disser tudo que sinto o outro pode não gostar e daí não tenho mais nada para lhe dar". É verdade, mas continua existindo o nosso desejo, mesmo que escondido, e em algum momento ele vai se mostrar. Não tem como esconder e o outro não vai aceitar a mudança no pensar.

É esse tipo de comportamento que cria relações falsas, fragilizadas, castelos sobre a areia. Logo tudo desmorona e ficamos mais só do que antes. Nada como ser autêntica, real. É claro que há um preço a ser pago, mas fica sempre a sensação - depois que sai a dor - de se ter sido real, verdadeira e não um personagem muito bem interpretado. Também dói, machuca ser quem somos. Isso porque nem sempre o outro tem a capacidade de entender ou interpretar nosso comportamento dentro dos mesmos princípios que utilizamos ao criá-los.

 A grande verdade é que todos somos bem complicados. Queremos dizer alguma coisa que mostre nossa individualidade, nossa verdade e terminamos diante de um júri sem nenhum advogado de defesa, onde o promotor é um ser absoluto. Mas, doendo ou não, sempre vale a pena ser verdadeiro sem medo de não ser amado pelo que somos."

by Crisbalbueno