"O homem já nasce fazendo uma relação entre comida e prazer. O bebê espera ansioso pela amamentação que vai lhe dar aconchego físico e aplacar a sua fome. A mãe também costuma dar o peito para acalmar seu bebê.
É uma relação antiga, não só ao homem, mas estendida a todos os mamíferos: comida=prazer. Essa relação faz por estabelecer um vínculo com a comida de afeto e prazer, onde muitos acabam levando para o resto da sua vida, como um jeito gostoso de resolver um problema. É aí que mora o perigo!
Todos nós sabemos que não se recorre à comida somente para satisfazer a fome. Buscar no alimento uma forma de aplacar a angústia e cessar a ansiedade, é um fenômeno que ocorre em todo o mundo. Estresse, mau-humor e ansiedade são os líderes em levar as pessoas ao excesso alimentar.
São nossos sentimentos os responsáveis por interferirem na forma como nos alimentamos. Uns comem demais se estão felizes, outros se estão tristes. Uns porque fecharam um negócio, outros porque o perderam. Somos 'a face e o verso' em questão de alimentação. Cada qual com reações diferenciadas em relação à comida.
É claro que também temos outras explicações, principalmente em se falando dos doces, esses "doces" inimigos da saúde. Os doces têm a propriedade de elevarem os níveis de serotonina no cérebro quando esses se encontram num total desequilíbrio, ao estarmos deprimidos ou ansiosos. A serotonina é aquele neurotransmissor responsável pelo grau do nosso humor. É o 'hormônio da felicidade'.
Vamos dizer que seja algo parecido com "o cérebro interpretando que diante de um conflito, problema ou um aborrecimento qualquer, deva ser alimentado para diminuir esse estado desagradável". É o mecanismo de defesa chamado de "Compensação".
Temos visto em um programa de televisão, um trabalho que vinha sendo feito com adultos com sobrepeso e depois com crianças e que há pouco foi encerrado. No programa ficou bem esclarecida a necessidade de atividade física e uma alimentação equilibrada na vida dessas pessoas, mas, SALVO se perdi alguma coisa, não se falou sobre o emocional na participação do sobrepeso.
Exercícios diários, esportes e alimentação equilibrada, são necessários para se ter um vida saudável e um peso compatível com a altura e idade das pessoas, mas sem cuidar do emocional, não temos um resultado duradouro. Haja vista que os dois participantes adultos do desafio da perda de peso, já adquiriram, senão todos, mas uma grande parte do peso eliminado, o que podemos conferir na telinha da televisão.
Não adianta minha gente! A cabeça sempre mandou no corpo. Mente sã, corpo são. Diante dessa situação complicada em que foi formada uma relação entre comida, estresse, ansiedade e afeto, o tratamento para a eliminação do sobrepeso tomou rumos diferentes, onde o profissional psicólogo tem um importante papel.
**Quero dizer aqui que não estou fazendo apologia para o corpo perfeito, porque esse conceito NÃO EXISTE!!! Existe o corpo saudável, onde a SAÚDE está em primeiro lugar para uma melhor qualidade de vida. Estou falando em se trabalhar com as carências afetivas e profissionais que podem levar o homem a buscar a comida como uma 'muleta' para suas dificuldades emocionais, prejudicando assim a sua saúde. Termino perguntando: Você tem fome de quê?
Beijo grande."
by Crisbalbueno (TinaMaule)