domingo, 5 de agosto de 2012

"Comida, essa Maravilhosa Tentação." - Texto 82

"O homem já nasce fazendo uma relação entre comida e prazer. O bebê espera ansioso pela amamentação que vai lhe dar aconchego físico e aplacar a sua fome. A mãe também costuma dar o peito para acalmar seu bebê.

É uma relação antiga, não só ao homem, mas estendida a todos os mamíferos: comida=prazer. Essa relação faz por estabelecer um vínculo com a comida de afeto e prazer, onde muitos acabam levando para o resto da sua vida, como um jeito gostoso de resolver um problema. É aí que mora o perigo!

Todos nós sabemos que não se recorre à comida somente para satisfazer a fome. Buscar no alimento uma forma de aplacar a angústia e cessar a ansiedade, é um fenômeno que ocorre em todo o mundo. Estresse, mau-humor e ansiedade são os líderes em levar as pessoas ao excesso alimentar.

São nossos sentimentos os responsáveis por interferirem na forma como nos alimentamos. Uns comem demais se estão felizes, outros se estão tristes. Uns porque fecharam um negócio, outros porque o perderam. Somos 'a face e o verso' em questão de alimentação. Cada qual com reações diferenciadas em relação à comida.

É claro que também temos outras explicações, principalmente em se falando dos doces, esses "doces" inimigos da saúde. Os doces têm a propriedade de elevarem os níveis de serotonina no cérebro quando esses se encontram num total desequilíbrio, ao estarmos deprimidos ou ansiosos. A serotonina é aquele neurotransmissor responsável pelo grau do nosso humor. É o 'hormônio da felicidade'.

Vamos dizer que seja algo parecido com "o cérebro interpretando que diante de um conflito, problema ou um aborrecimento qualquer, deva ser alimentado para diminuir esse estado desagradável". É o mecanismo de defesa chamado de "Compensação".

Temos visto em um programa de televisão, um trabalho que vinha sendo feito com adultos com sobrepeso e depois com crianças e que há pouco foi encerrado. No programa ficou bem esclarecida a necessidade de atividade física e uma alimentação equilibrada na vida dessas pessoas, mas, SALVO se perdi alguma coisa, não se falou sobre o emocional na participação do sobrepeso.

Exercícios diários, esportes e alimentação equilibrada, são necessários para se ter um vida saudável e um peso compatível com a altura e idade das pessoas, mas sem cuidar do emocional, não temos um resultado duradouro. Haja vista que os dois participantes adultos do desafio da perda de peso, já adquiriram, senão todos, mas uma grande parte do peso eliminado, o que podemos conferir na telinha da televisão.

Não adianta minha gente! A cabeça sempre mandou no corpo. Mente sã, corpo são. Diante dessa situação complicada em que foi formada uma relação entre comida, estresse, ansiedade e afeto, o tratamento para a eliminação do sobrepeso tomou rumos diferentes, onde o profissional psicólogo tem um importante papel.

**Quero dizer aqui que não estou fazendo apologia para o corpo perfeito, porque esse conceito NÃO EXISTE!!! Existe o corpo saudável, onde a SAÚDE está em primeiro lugar para uma melhor qualidade de vida. Estou falando em se trabalhar com as carências afetivas e profissionais que podem levar o homem a buscar a comida como uma 'muleta' para suas dificuldades emocionais, prejudicando assim a sua saúde. Termino perguntando: Você tem fome de quê?

 Beijo grande."

by Crisbalbueno (TinaMaule)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

"Quando a Crise alcança o Casamento" 

"Em um mundo sempre passando por crises, no casamento não poderia ser diferente. Infelizmente é difícil de serem evitadas, mas tem algo positivo aí : quando o casal entra em crise, há uma mobilização de ambos os lados para resolver os conflitos que a geraram, e que estavam sendo ignorados ou protelados.

A crise é uma oportunidade para que se trabalhe as questões da relação que estavam sendo negligenciadas. Não é motivo para separações temporárias, como sair da sua casa e voltar para a casa da mamãe. Além de alarmarem os pais, nunca vi esse movimento de 'fuga' trazer bons resultados, ao contrário, porque se volta à estaca zero da relação.

O amor - presumo que seja ele - é o que faz duas pessoas escolherem dividir a mesma cama, o mesmo canto, os mesmos desejos. É em nome do amor que acontecem as mais lindas histórias, mas também as maiores tragédias. Quando o casal entra em crise, logo pensam que o amor acabou, ou que não se amavam realmente.

Nem sempre isso é real. Normalmente são as primeiras dificuldades que estão surgindo depois daquela linda festa, com convidados brindando a união, depois da viagem dos sonhos, depois da volta ao trabalho, das contas a pagar, da primeira gravidez e depois de cair na realidade do compromisso agora assumido de fazer o outro feliz. Isso mesmo que você leu: fazer o outro feliz, porque agora você entrou na vida dele (a) para sempre (?).

Mas as crises acontecem ao longo do casamento (ou do namorido, que acaba sendo a mesma coisa). Tem a crise dos 3 ou 4 anos, a dos 7 anos, dos 12 e assim por diante. É o tempo que o casal leva para superar a primeira e aparecerem as outras, cada uma em uma fase diferente da união. Mas isso é o de menos. O que quero abordar aqui é como superá-las.

Ah! Esqueci de reforçar que O AMOR NÃO ACABOU NÃO, VOCÊ NÃO SE ENGANOU!!!!! É somente UMA CRISE!!! Afinal, tudo muda depois que saimos da casa dos pais ou mesmo da nossa própria, para colocarmos alguém definitivamente na nossa cama, mesmo que esse personagem seja o "nosso príncipe (a) encantado (a)!!!!

O grande segredo no casamento - que não é segredo nenhum - é não deixar os elogios, carinhos e aquelas supresas deliciosas que existiam antes de fazerem a bagagem e irem para a grande aventura a dois, esquecidos na mala!!!

Vocês continuam os mesmos (se foram autênticos, verdadeiros), somente mudou as adequações dos horários, a rotina, o bairro, às vezes a cidade ou o País, mas são os mesmos. Mudanças devem ser tratadas com carinho e paciência. É preciso que haja cumplicidade entre o casal, companheirismo, lealdade. O que ambos precisam realmente, é conhecer o 'amigo' no parceiro (a).

Cultivar a amizade na relação é o que mais tenho visto dar certo no casamento, nesses meus anos de casada - 41- e nas experiências dos meus pacientes no consultório. A amizade fecunda o amor do casal, traz harmonia e tranquilidade à relação. Uma coisa que muitos esquecem somente porque já estão juntos, porque o objetivo era conquistar e ser conquistado e agora que aconteceu ...ufa...missão cumprida!!!

Ledo engano! Agora é que começa a odisséia do casal: aprender a viver a dois, com costumes, cultura e famílias diferentes! Mas não desanime. O amor existe, está aí, só é o tempo de botarem a mão na massa, pois o que falta é o fermento da comunicação. "

*Meus queridos leitores. Procuro não escrever demais em cada abordagem porque sei que muitos não chegam até o fim, então deixo a continuação desse tema - que vai ser dividido em vários textos - para a próxima postagem. Não deixem de acessar a página para que esse texto não se perca por aí sem cumprir com seu objetivo. Hoje foi uma simples pincelada.



by Crisbalbueno (TinaMaule)